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VISÃO GERAL

A histologia é o estudo da anatomia microscópica de células e tecidos de plantas e animais, e de como essas estruturas se organizam para constituir os diferentes órgãos. A histologia tem um grande papel nas ciências médicas e biológicas, é através do estudo comparativo de tecidos saudáveis e patológicos que podemos realizar uma série de diagnósticos. Assim, temos o proposito de difundir conhecimento acerca de assuntos relacionados à Histologia: área biomédica que estuda os tecidos biológicos, analisando sua estrutura, origem e diferenciação.

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Histologia


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Mapa sobre tecido epitelial glandular.

Mapa mental sobre tecido epitelial.

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História da Histologia

Histologia significa a ciência que estuda os tecidos (origem grego-histos: rede ou tecido; logia: ramo de aprendizado). Por estabelecer o significado de aspectos microscópicos característicos de células e tecidos, os estudos histológicos elucidam as relações entre estrutura e função.O termo tecido (do latim texere, tecer) foi introduzido por volta de 1800 pelo cirurgião e anatomista francês Marie François Xavier Bichat (considerado pai da histologia e da patologia), impressionado com as diferentes texturas encontradas em partes de corpos que ele dissecara. Durante a Revolução Francesa, com a prática de executar transgressores através da guilhotina, proporcionou à Bichat um grande número de corpos para seus estudos anatômicos - cerca de 600 por ano. Como resultado, em 1798 ele começou a publicar artigos descrevendo o corpo humano como sendo formado por uma variedade de diferentes tecidos (ou texturas); ele identificou 20 “membranas” e suas estruturas normal e patológica, dentre elas tecidos nervoso, vascular e conjuntivo. Mesmo tendo vivido muito pouco (1771-1802), ele publicou duasimportantes obras que muito contribuíram para o avanço da medicina: Traité dês membranes (1800) e o quinto volume de Anatomie générale (1801).Os órgãos, escreveu Bichat, “são em si mesmos compostos de vários tecidos de natureza muito diferente, que verdadeiramente formam os elementos destes órgãos. A química possui seus corpos simples, que, por várias combinações, formam corpos compostos (...) damesma forma que a anatomia tem seus tecidos simples, que, por combinação (...) compõem os órgãos.” A alusão de Bichat à química - ele escreveu uma década antes da morte de Antoine Lavoisier - é uma prova de sua modernidade. Para perceber o poder da abordagem histológica de Bichat é preciso somente considerar o coração e nada mais: Bichat distinguiu corretamente o tecido muscular estriado cardíaco (miocárdio) do tecido membranoso que o envolve (pericárdio), e do tecido de revestimento interno das câmaras (endocárdio). Cada um destes tecidos por ser afetado por doenças, levando a três problemas diferentes. Em vez de “inflamação do coração”, Bichat tornou possível distinguir a pericardite, a miocardite e a endocardite. Na classificação de 21 tipos de tecidos (ou texturas), Bichat confiava na aparência externa, bem como na determinação de como cada tipo reagia com substâncias químicas e outros meios de “decomposição”. Ele macerava tecidos, assava-os, fervia-os, secava-os e observava coo se decompunham; examinava como reagiam a álcalis e ácidos; é considerado o precursor da patologia tecidual. Devido às suas importantes contribuições à ciência, seu nome está gravadoem um dos lados da Torre Eiffel, em Paris.O surgimento da histologia como ciência coincide com a criação do microscópio em1595, pelos holandeses Hans e Zacharias Janssen, fabricantes de óculos (microscópio de Janssen). O equipamento era constituído por duas lentes de aumento, e ampliava a imagem entre 10 e 30 vezes, e foi sendo aperfeiçoado ao longo do tempo, através dos estudos de Marcello Malpighi (1628-1694), Antonie van Leeuwenhoek (1632-1723) e Robert Hook (1635- 1703), para estudar insetos e plantas. Este último publicou um pequeno livro, em 1665 intitulado“Micrographia”, o qual é reconhecido como a primeira publicação na qual está registrado oficialmente o termo “célula”, através de seus estudos em cortiça.Atualmente os tecidos são rotineiramente submetidos a tratamentos mais específicos, para preservação de suas características morfológicas, e suas células são coradas com diversos tipos de corantes e depois observadas ao microscópio - estes procedimentos possibilitam a identificação de possíveis alterações celulares e também o acompanhamento da evolução de doenças já existentes (por exemplo: exame de Papanicolau para câncer de colo de útero; hemograma para estudar alterações nas células sanguíneas; biópsia de fígado).Atualmente, o conhecimento de histologia se junta a um universo de outros conhecimentos que, não menos importantes, vão se somando e contribuindo de forma muito rápida para o desenvolvimento científico, para a melhoria da qualidade de vida e para a maior longevidade do ser humano.

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INTRODUÇÃO AO TECIDO EPITELIAL

INTRODUÇÃO AO TECIDO EPITELIAL  

O tecido epitelial divide-se em epitélio de revestimento, epitélio glandular e neuroepitélios. Caracteriza-se por apresentar células extremamente unidas e pela pouca quantidade de matriz extracelular. Esse tecido não apresenta vasos sanguíneos, sendo que sua nutrição e oxigenação são feitas através de capilares do tecido conjuntivo adjacente que são divididos pela lâmina e pela membrana basal. Suas funções são:

➢ Proteção e revestimento

A pele é o principal exemplo de órgão de revestimento e proteção do copo humano constituído por tecido epitelial. 


 

➢ Secreção 

O estomâgo  é um orgão que possui glândulas constítuidas por tecido epitelial, possui glândulas que produzem enzimas digestivas e secreção mucosa. 

 

➢ Absorção

A mucosa intestinal é caracterizada por apresentar vilosidades intestinais, que são projeções alongadas da mucosa em direção ao lúmen, e é revestida por um epitélio cilíndrico simples, onde se observam células absortivas e células caliciformes


 ➢ Impermeabilização 

O tecido epitelial de revestimento serve para revestir a nossa pele, os órgãos internos e também dutos e vasos sanguíneos. Neste caso, as células são extremamente aglomeradas, criando uma proteção e também apresentando a característica de impermeabilizar. A Bexiga urinária, por exemplo, é um órgão que possui esse revestimento de impermeabilização.

Junções intercelulares

As principais funções de junções intercelulares são: resistência mecânica, vedamento do espaço intercelular e a comunicação entre células adjacentes.

Junções de adesão

Zonas de adesão: regiões que unem células vizinhas por meio de substâncias intercelulares adesivas, causando aderência sem que haja contato entre as membranas plasmáticas.

Hemidesmossomos: também conhecidos como meio-desmossomos são semelhante ao desmossomo, porém ligam a membrana plasmática de uma célula à lâmina basal adjacente, por meio de filamentos de queratina que estão ligados à proteína de ancoramento plectina.

Desmossomos: é constituída por duas partes, uma delas na membrana de uma das células e a outra, na membrana da célula vizinha.

Junção impermeável 

Zonas de oclusão: mantém as células vizinhas tão encostadas que impede a passagem de moléculas entre elas. Assim, substâncias eventualmente presentes em uma cavidade revestida por tecido epitelial não podem penetrar no corpo, a não ser atravessando diretamente as células.

Junção de comunicação

Gap ou comunicante: são partículas cilíndricas que fazem com que as células entrem em contato umas com as outras, para que funcionem de modo coordenado e harmônico. Esses canais permitem o movimento de moléculas e íons, diretamente do citosol de uma célula para outra.

 

 

 

 

Especializações do Epitélio 

 

Microvilosidades: São pequenas projeções do citoplasma curtas ou longas em forma de dedos, observadas no microscópio eletrônico. Encontradas em células que exercem intensa absorção, como as do epitélio de revestimento do intestino delgado e dos túbulos proximais dos rins. Nestas células o glicocálix é mais espesso que na maioria das células e o conjunto de glicocálix e microvilos é visto facilmente ao microscópio de luz, sendo chamado de borda em escova ou borda estriada.

Cílios: são prolongamentos longos dotados de motilidade, presente na superfície de algumas células epiteliais. O movimento ciliar de um conjunto de células de um epitélio é frequentemente coordenado para permitir que uma corrente de fluído ou de partículas seja impelida em uma direção ao longo da superfície do epitélio.

Estereocílios: são prolongamentos longos e imóveis de células do epidídimo e do ducto deferente que na verdade são microvilos longos e ramificados e que portanto, não devem ser confundidos com os verdadeiros cílios. Os estereocílios aumentam a área de superfície da célula, facilitando o movimento de molécula para dentro e para fora da célula.

(Respectivamente, microvilosidades, cílios e estereocílios.)

 

EPITÉLIO DE REVESTIMENTO

 

O tecido epitelial de revestimento é formado por células justapostas, entre as quais se encontra pouca substância extracelular. Como suas células não possuem vasos sanguíneos, os nutrientes são recebidos através do tecido conjuntivo subjacente. Entre o tecido epitelial e o conjuntivo existe uma estrutura denominada lâmina basal, ou membrana basal visível. A lâmina basal separa e prende o epitélio ao tecido conjuntivo subjacente. É formada principalmente por colágeno tipo IV, laminina e proteoglicanas. A membrana basal é formada pela lâmina basal juntamente com fibras reticulares e complexos de proteoglicanas e glicoproteínas, sendo, visível ao microscópio óptico quando utilizamos técnicas específicas, como o PAS (ácido periódico de Schiff ). As células epiteliais de revestimento estão unidas umas com as outras através de estruturas denominadas de junções celulares. 

 

O glicocálix e sua importância no epitélio de revestimento

O glicocálix apresenta diversas funções importantes para a célula, sendo uma delas a proteção contra lesões de natureza química e mecânica. Esses carboidratos também evitam ligações indesejáveis com outras células e ajudam na movimentação graças à sua capacidade de absorver da água. Outra função extremamente importante do glicocálix é o reconhecimento (glicoproteínas responsáveis: fibronectina, vinculina e laminina) entre células e a adesão celular, que permite que as células unam-se umas às outras e também a outras moléculas. Além das funções citadas, devemos lembrar que o glicocálix das hemácias determina os grupos sanguíneos (A, B, AB ou O), uma vez que esses glicídios funcionam como marcadores de determinados tipos de célula. O reconhecimento do tipo sanguíneo é fundamental para a realização de transfusões e para o tratamento de alguns problemas imunológico.

 

Tipos de células epiteliais


Epitélio pavimentoso simples

Cápsula de Bowman(rins).

 


Epitélio cúbico simples

Parede dos folículos da tireoide.



Epitélio cilíndrico simples

Revestindo o estômago, o piloro, o intestino delgado e o grosso e a vesícula biliar.

 


Epitélio pavimentoso estratificado

Vagina, língua, cavidade oral.



Epitélio cúbico estratificado

Ductos de algumas glândulas.

 


Epitélio cilíndrico estratificado

Conjuntiva ocular e nos grandes ductos excretores de glândulas salivares.

Raro


Epitélio de transição

Bexiga e ureter.



Epitélio pseudo-estratificado

Traquéia e brônquios, ou estereocílios, no epidídimo.


 

Algumas das características do epitélio de revestimento


- As funções básicas dos epitélios são proteção (pele), absorção (intestinos delgado e grosso), transporte de substâncias sobre a superfície (mediado por cílios), secreção (glândulas), excreção (túbulos do rim), trocas gasosas (alvéolos pulmonares) e deslizamento entre superfícies (mesotélio de serosas);

- A maioria das células epiteliais se renovam continuamente por mitose;


-  Os epitélios não tem direto suprimento sanguíneo e linfático. Os nutrientes são liberados por difusão;


-  As células epiteliais quase não apresentam substâncias intercelulares livres entre si (em contraste com o tecido conjuntivo);


- A natureza coesiva de um epitélio é mantida por junções celulares; 


- Os epitélios estão ancorados a uma lâmina basal. A lâmina basal e os componentes do tecido conjuntivo cooperam entre si para formar a membrana basal;


- Os epitélios apresentam polaridade estrutural e funcional;

- São derivados do ectoderma, do mesoderma e do endoderma;


-    Recobrem e revestem todas as superfícies corporais, exceto as cartilagens articulares, o esmalte do dente e a superfície anterior da íris.

 

 

FONTES

AIRES, Marlúcia Bastos et al. Histologia Básica. 2011.

MICROSCOPIA online. Histologia , Universidade de São Paulo, ano 2018, p. 4-5, 24 ago. 2020. Disponível em: www.mol.icb.usp.br. Acesso em: 24 ago. 2020.

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Mapa mental sobre tecido epitelial.

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